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sexta-feira, 8 de abril de 2011

ERA UMA VEZ A TERRA (Luciana Tannus de Andrade)

Ofereço-te a terra
Para que habites nela a tua consciência.
Em nome da Ordem e do Progresso.
A nossa bandeira está falida.
Destituída de amor, hasteia orgulho
E como flâmula ao vento pressagia dias de tormenta.
O homem, enquanto objeto de teus desejos,
Vitimou-nos a decadência de nossa morada.
Colocou-nos em risco, a sobrevivência.
Instaurou-se uma Nova Ordem.
E feito vassalos, cegos, rumamos a um futuro incerto.
Não se pode fingir que gerações que estão por vir,
Nascerão em berços sombrios.
E talvez a nossa vontade já não seja mais, o bastante, para acharmos uma saída.
A terra se esvai de mansinho entre os dedos de nossas mãos.
Estas mesmas mãos que nos traem, já não há segredo.
Oferecemos a Terra de bandeja. Cada gesto, uma certeza:
Era uma vez a Terra.

PSEUDONIMO: nuvem branca

*LUCIANA TANNUS DE ANDRADE
ARACAJU-SE

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