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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Sou mais um (Thiago de Freitas)


No mundo eu sou mais um.
Eu luto, corro,
Sofro, morro,
Se der na telha, solto pum.

Solto sim, porque não?
Até a Gisele, que é um pão,
a Dilma, a Sandy e toda nação,
Não há quem livre sua pele,
Por mais que se descabele,
És só mais um na multidão.

Pode se achar um máximo
Fingir ser um nobre, clássico
Mas quando as cortinas fecham
Todas  mentiras cessam
Então torna a ser um bagaço
Ao menos para si,
Que sabe quem é.
Não adianta mentir
Não ao de lhe seguir
E nisso tenha fé.

Todos somos Fidalgos
Filhos de alguém ou de algo.
Precisamos de água, comida
Um pote de amor, uma dose servida
O tempo sim, só ele é senhor da vida.

Toda derrota coroa alguém
Uma hora está mal, noutra tá bem.

Não se deslumbre a toa,
Quem foi magoado, também magoa.
Todos caímos, traímos, erramos e pecamos,
Inclusive sua patroa,
Que por sinal é boa e, como a minha, vive por ai
Rindo da vida, buscando guarida,
Não se corroa,
Pois sabe-se lá onde, um pouquinho de nada
Todo mundo esconde.

Sou mais um,
Que não sabe onde deixou,
Porque amou ou esqueceu,
Se encontrou ou se perdeu.

Mais um que assumiu
Ser mais um entre mil
A princípio educado, servil
Mas se maltratado
Manda-te a puta que te pariu,
E você, como eu,
Por medo, fingirá que não viu,
Pois mesmo que negue,
És só mais um,
Que xinga, arrota e solta Pum,
E teima em amar o Brasil.

*Thiago Peixoto

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