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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

QUILOMBO (Olga Vilela Caixeta)

Se a cor da tua pele escurecida
È a sombra a derrubar o teu poder
Morre longe a tua espera de outra vida
E a chance de melhor poderes ser.

Se dependes sempre tanto da aparência,
Tão sugada do teu ser escravizado,
Que vigor podes tu ter que pareça
Ser um ente mais humano e mais amado?

Padeceste desta sina desde a origem
Emigraste a todo o tempo indo em busca
De encontrar só uma oferta mais bendita.

Nada houve de melhor pelo caminho
Que trouxeste à existência mais ventura
Foste mostra de fracasso ante à luta.


Olga dos Santos Caixeta Vilela nasceu em Machado-MG, em 1951. Professora de Língua Portuguesa – FEM-Cesep e Mestre em Letras. É membro da Academia Machadense de Letras.

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