Empresta-me teu galho, árvore!
Quero à tua sombra
Repousar o meu corpo cansado.
Balouça bem, para que o frescor
Evapore sobre mim o teu orvalho.
Empresta-me teu galho, árvore!
Abriga-me se, por acaso, a chuva
Vier a incomodar-me o corpo.
Aquece nos teus braços este corpo frouxo,
Cansado da luta, da luta, fatigado.
Empresta-me, árvore, teu frondoso galho!
Para que, com um sol ardente,
Eu possa me balançar
E sentir a brisa leve que ele mesmo
Criará ao seu redor.
Árvore, empresta-me teu galho!
Sempre aí, neste lugar.
Não deixes que te roubem a vida.
Vive e embeleza sempre a campina amiga,
Acolhe sempre aquele que a fadiga
Dominou e recupera dele a vida
Com esta vida, que a ti, alguém levou.
Olga dos Santos Caixeta Vilela nasceu em Machado-MG, em 1951. Professora de Língua Portuguesa – FEM-Cesep e Mestre em Letras. É membro da Academia Machadense de Letras.
Contatos: oscv@axtelecom.com.br
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