Um sabiá na palmeira
Quer cantar.
A palmeira vai sumir,
Pois alguém lá embaixo
O sabiá na palmeira
Quer cantar,
A palmeira será transformada
Em pó.
A vermelhidão da terra aumenta.
Um sabiá na palmeira
Quer cantar.
A fumaça sobe e sufoca
Seu doce canto.
A rebelião fumaceira aumenta
E mata o canto, a mata.
O sabiá na palmeira
Não canta mais.
Tudo virou cinzas,
Madeira, carvão,
Papel.
Olga dos Santos Caixeta Vilela nasceu em Machado-MG, em 1951. Professora de Língua Portuguesa – FEM-Cesep e Mestre em Letras. É membro da Academia Machadense de Letras.
Contatos: oscv@axtelecom.com.br
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